Um NÃO ao PRECONCEITO RACIAL na moda e fora dela!
Sou Darth Fashion Vader, mas esta não é uma guerra nas estrelas. Este blog é, sobretudo, um protesto a favor do belo e ofuscado lado negro da moda. Uma “guerra” contra o preconceito racial, dentro e fora do mundo da moda.
Fashionistas, se queremos evoluir devemos parar já o control+c, control+vdas passarelas européias no Brasil. Vamos lutar contra a pré-história fashion! Vamos dar um basta nestes resquícios coloniais. Não precisamos importar estilos ou padrões de beleza. O Brasil cresceu e pode criar tendências a partir da sua originalidade: um povo miscigenado.
Assim como toda a verdade possui dois lados, está mais do que na hora do mercado fashion brasileiro apresentar o seu outro lado, o lado negro. Estamos cansados de capas, editoriais e revistas de moda totalmente ou majoritariamente repletas de paginas com modelos brancas, ou seja, com um enfoque em apenas um padrão de beleza!
Que fique claro que este não é um protesto extremista. Queremos mais cor nestes meios. Mais negros, mais amarelos, mais ruivos...
Está na hora de lutarmos pela ampliação e democratização do espaço fashion nacional. Num país conhecido pela miscigenação, e com um mercado de moda em crescente ampliação, deve-se abrir espaço proporcional para todas as cores de pele nas passarelas e nas revistas.
Isto quer dizer não apenas para uma pequena minoria.
Não devemos aceitar que, somente sob a obrigatoriedade de cotas raciais, poucos negros sejam inseridos nas revistas e passarelas para conformar e calar a boca dos demais.
Se num passado recente o negro não era usado nas campanhas, hoje a ainda pouca absorção do mesmo no mercado publicitário não nos satisfaz. Não podemos nos conformar com a inicial abertura do mercado publicitário aos negros no brasil. Queremos mais!...
Afinal, nem precisa ser tão ligado em moda para constatar que são sempre os poucos e mesmos corpos negros nas passarelas, revistas e nos comerciais. Já há algum tempo, dentre as celebridades, por exemplo, Tais Araujo parece deter a maior parte do espaço das revistas fashions, comerciais e campanhas.
Apesar de muito bem representados, em questão de beleza, por ela e pelos outros poucos negros em evidência, queremos muitos, queremos mais!
E você sabe por que devemos querer mais?
Só para ter uma noção...
Estas fotos foram tiradas hoje numa banca de jornal. Veja algumas das principais capas de revistas de moda e beleza.
Os mesmos perfis de sempre... que monotonia!!!
Veja também as meninas vencedoras das duas primeiras edições do concurso garota fantástico...
Esta é a pagina de hoje (29/10 -16:27) do site models.com
Tão“sem cor”não acham?
Estas são as gaúchas, “para variar”, Regina Krilow, da primeira edição, e Rafaela Gewehr, no ano passado
E por falar nisso, em entrevista postada no site do fantastico em 21/10, a top model Izabel Goulart afirma: “Vi uma diversificação muito grande entre as garotas. Tem negra, tem loura, morena, amazônica, ou seja, todas as misturas.
Vocês acham que tem realmente uma mistura de cores ou um respeito à cota mínima de negras e amazônicas?
A diversificação não é tão grande assim, Izabel... Isso é uma maquiagem da realidade, visto que a afirmação certa seria a seguinte: Tem UMA negra, tem louras, morenas e UMA amazônica, ou seja, todas as misturas mas em proporções bem desiguais!
Será que a única representante negra Tamires Bittencourt vai sobreviver até a final, ou vai sucumbir subitamente na competição como as outras únicas negras das edições anteriores?
Logo a moda que é uma forte indústria criativa,deveria importar mais em sair da rotina...
Mudança? Yes we can! Temos que lutar pela mudança do paradigma racial no nosso país!.
Somente a mobilização e diálogo podem reverter esta situação. Vamos fazer alguma coisa?. Escrevam para as revistas de moda peçam mais negras e que elas sejam diferentes a cada edição!
Afinal, não vai ser a Gisele Bündschen, nem tampouco o Pelé que vão “literalmente” vestir a camisa desta causa, não é mesmo?
Que a força esteja com você!